O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a rebater críticas feitas à pasta sobre uma suposta demora para o início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19. A imunização do público infantil teve início na sexta-feira 14 em algumas cidades do país.
A pasta anunciou oficialmente que daria aval à vacinação das crianças no dia 5 de janeiro — três semanas depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter autorizado a aplicação das doses pediátricas da Pfizer.
Em entrevista coletiva neste sábado, 15, em João Pessoa (PB), Queiroga afirmou que a responsabilidade pela condução de políticas públicas na área sanitária é do Ministério da Saúde.
“Quantos medicamentos, dispositivos ou produtos têm registro na Anvisa e não fazem parte das políticas públicas? O Ministério da Saúde, o ministro da Saúde não é um despachante de decisão da Anvisa, nem de agência nenhuma”, disse.”
“O Ministério da Saúde é quem conduz a saúde pública e o ministro da Saúde é a principal autoridade do sistema de saúde no Brasil”, prosseguiu Queiroga.
“A história vai me julgar. Eu trabalho todo dia para que tenha um bom julgamento.”
Ontem, o ministro da Saúde já havia subido o tom ao responder a ataques do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) — pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto e adversário do presidente Jair Bolsonaro.
Doria participou da vacinação da primeira criança brasileira contra a covid-19. Todos os imunizantes aplicados no Brasil, inclusive as doses pediátricas, foram totalmente adquiridos pelo governo Bolsonaro.
Pelas redes sociais, Queiroga disse que o tucano acha que essa postura “vai tirá-lo dos 3%”, fazendo referência à baixa intenção de voto do tucano na disputa pela Presidência da República. “Desista! Seu marketing não vai mudar a face da sua gestão. Os paulistas merecem alguém melhor”, escreveu.
Por Revista Oeste