A inflação no acumulado de 12 meses atingirá o pico em abril ou maio, disse o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Segundo ele, a quebra de algumas safras e a alta do petróleo no início do ano fizeram o BC ajustar as estimativas.
Até recentemente, o Banco Central acreditava que a inflação atingiria o ponto mais alto em janeiro e fevereiro, antes de começar a desacelerar. Para ele, o Brasil está sendo pressionado por fatores internacionais, mas a inflação brasileira tem peculiaridades, com os preços de energia e de combustíveis subindo mais que no resto do mundo.
O presidente do Banco Central apresentou uma estimativa segundo a qual o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) estaria em 6,7% nos 12 meses terminados em janeiro se os custos de energia e de combustíveis estivessem na média de outros países. No mês passado, o índice estava em 10,38% no acumulado de 12 meses.
Campos Neto deu as declarações em evento promovido pelo grupo Esfera Brasil, que reúne empresários e empreendedores. Ele disse que o aumento da inflação no mundo não decorre de problemas de oferta, mas de deslocamento de demanda após a retomada econômica em vários países após as fases mais agudas da pandemia de covid-19.
Por Agência Brasil