O deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) pediu ao Ministério da Educação que revele o nome do professor de uma escola estadual em Assis (SP) que foi flagrado contando para alunos suas supostas experiências como garota de programa travesti.
O pedido foi feito pelo parlamentar, um dos aliados de Jair Bolsonaro mais barulhentos na Câmara, por meio de um requerimento de informação ao MEC protocolado na terça-feira (19/3). No documento, Gayer pede que a pasta divulgue o nome completo do docente.
Além da identidade, o deputado bolsonarista questiona o MEC a razão de o nome do professor estar sendo mantido em sigilo até o momento. Também pergunta que medidas a pasta está tomando para que o docente não volte a lecionar na rede pública de ensino.
“Relatos de experiências pessoais de cunho sexual ou relacionados à prostituição não apenas ultrapassam os limites da conduta profissional, mas também podem gerar desconforto, constrangimento e desvio do foco acadêmico”, justifica o parlamentar no requerimento.
Entenda o caso
O caso do professor veio à tona no último dia 11 de março, quando um áudio atribuído ao docente foi divulgado. Na gravação, ele conta sobre suas experiências sexuais para alunos do segundo ciclo do ensino fundamental, cuja maioria dos estudantes tem menos de 14 anos.
No áudio, é possível ouvir o professor falando, durante uma das aulas, de sua “renda extra” como garota de programa travesti. Na conversa, ele pede ainda que os alunos façam perguntas sobre sua orientação sexual e sobre seus programas que fazia no passado.
Em nota à imprensa, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que o professor da escola de Assis (SP) foi afastado do exercício de suas funções ainda no dia 11 de março e que uma comissão preliminar seria formada para investigar o caso.
Por Metrópoles