Ao cabo de mais de um ano, os dados demonstram que a Covid-19 já é a terceira causa de morte no mundo, superando doenças cardiovasculares, o câncer e outras endêmicas. No Brasil, o número de mortes supera o de nascimentos em algumas regiões em 2021. O colapso do sistema hospitalar se materializou nesta segunda onda, com a falta de oxigênio, até a falta de kits de intubação, a exigir o uso de alternativas por parte dos profissionais, nem sempre as mais seguras, mas as possíveis.
Percutem entre nós, em alguns momentos como coisa antiga, mas os usamos muitas vezes, termos como “achatar a curva”, “manter o distanciamento social”, “usar máscaras”, “lavar as mãos”, “usar álcool em gel”, “cancelar festas”, “evitar aglomerações”, “trabalho remoto”, “reduzir o RT da doença” (referindo-nos à taxa de transmissão). Hoje, ainda os repetimos, numa tautologia quase cansada, diante da velha negação da magnitude do que marca as nossas vidas, indelevelmente.
Esses termos, como normas de comportamento pessoal e coletivo, tão bem incorporados e sucedidos em sociedades mais igualitárias e com nível de educação maior, se revelaram indicadores de mediação, de sucesso e de insucesso em diferentes realidades. E nesses quesitos, para nossa frustração como profissionais e como comunicadores de informação científica, a performance brasileira é constrangedora em diversos aspectos.