A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou possíveis fragilidades no pagamento de R$ 3,3 bilhões pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) pelo INSS em 2020.
De acordo com o colunista da revista Época Guilherme Amado, os auditores identificaram possíveis falhas em R$ 277,6 milhões pagos a 265,7 mil beneficiários por mês em 2020. A fatia equivale a 5,7% de toda a folha de pagamento anual do BPC, estimada em cerca de R$ 58 bilhões.
O BPC é um benefício assistencial do governo federal pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Os recursos destacados pela CGU foram repassados, segundo a coluna, para pessoas com inconsistência no cadastro; com indícios de que possuam renda familiar acima dos limites; e acúmulo irregular de benefícios do governo.
“Existem fragilidades na gestão e na operacionalização do Benefício de Prestação Continuada, especialmente em relação à concessão, manutenção e revisão dos benefícios, situação identificada a partir de cruzamento de informações registradas em sistemas”, afirmou o relatório.