O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está conduzindo a apuração do caso envolvendo um suposto “bingo das mulheres” . A novidade, apurada pelo Portal T5, é que informações foram requisitadas ao Conselho Tutelar e ao CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
O caso gerou grande repercussão após o padre Adauto , da Paróquia São Sebastião, em Lagoa de Dentro , denunciar publicamente durante uma missa, em 9 de março, que um bingo estava sendo realizado na zona rural do município, com a participação de homens casados e pessoas ligadas à igreja. Segundo o padre, o prêmio do bingo seria feminino , o que encheu indignação.
O promotor de justiça, Rafael Garcia Teixeira , responsável pela região de Jacaraú, informou que já ouviu o padre e solicitou informações ao Conselho Tutelar e ao Creas . Além disso, manteve uma reunião com representantes da Polícia Civil para alinhar as diligências possíveis. De acordo com o promotor, enquanto o inquérito policial segue seu trâmite, o MPPB aguardou a conclusão da investigação para avaliar se há necessidade de algumas exceções administrativas em relação ao possível bar e ao seu proprietário, do ponto de vista cível.
Em relação à apuração, o promotor destacou que ainda não há detalhes conclusivos , pois a investigação ainda está em andamento. O procedimento segue com o delegado finalizando a investigação, cadastrando o inquérito no sistema PJE , e, em seguida, o juiz poderá decidir se encaminhar uma denúncia ao MP, solicitar mais diligências ou propostas alternativas, como o ANPP (Acordo de Não Perseguição Penal).
O MPPB reforçou que está aberto para receber denúncias que ajudem a elucidar o caso. Além do atendimento presencial, disponível em qualquer unidade do órgão (de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h), os cidadãos podem registrar relatos por meio dos canais digitais apresentados no site https://www.mppb.mp.br/faleconosco .
“Todas as denúncias que apresentam fazerem mínimos para investigação, como ressalta o Ministério Público , são tratadas com seriedade e atenção. O órgão enfatiza que, por isso, é fundamental que os relatos sejam o mais detalhados possíveis, para garantir a devida responsabilização dos envolvidos”.