Bartogaleno Alves Saldanha, de 37 anos, conhecido como Bartô, se entregou à polícia na manhã de quinta-feira, 18 de setembro de 2025, em Mossoró. Ele era considerado foragido desde que foi condenado, em agosto, pelo assassinato do agropecuarista José Réis de Melo, o Zé Vieira, crime ocorrido em maio de 2006 na zona rural de Campo Grande.
Bartô se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Mossoró por volta das 10h40. No dia seguinte, ele passou por uma audiência de custódia e foi oficialmente encaminhado para a Penitenciária Agrícola Mário Negócio, onde dará início ao cumprimento da pena.
No dia 6 de agosto, Bartô foi condenado em júri popular a 18 anos de prisão pelo crime. Na mesma sessão, outras duas pessoas também foram condenadas: seu irmão, Humberto Alves Saldanha (“Galego de Antenor”), recebeu uma pena de 15 anos, e Francisco Gonzaga Neto (“Neto de Valdomiro”), de 21 anos. Segundo a polícia, o crime contra Zé Vieira teve o envolvimento de nove pessoas. Destas, três morreram, três foram absolvidas por falta de provas e três foram condenadas.
Durante o julgamento, tanto “Neto de Valdomiro” quanto “Galego de Antenor” confirmaram a participação no assassinato. O irmão de Bartô chegou a pedir perdão à família da vítima e detalhou que Bartô teria furado os pneus do carro de Zé Vieira para facilitar a emboscada. Apesar dos depoimentos, Bartô, que já possui uma pena somada de mais de 150 anos por outros homicídios, negou qualquer envolvimento no crime.
Na época do julgamento, Bartô utilizava uma tornozeleira eletrônica por conta de outras condenações. Com a nova sentença, foi expedida uma ordem de prisão preventiva para que ele retornasse ao regime fechado. No entanto, na madrugada seguinte à condenação, ele rompeu o dispositivo de monitoramento e fugiu, permanecendo foragido até se entregar na última quinta-feira.
Por Novo Noticias