Além dos registros de quedas nas vendas e nas polêmicas em torno de sua participação no governo do presidente, Donald Trump, o bilionário americano, Elon Musk, CEO da montadora de elétricos Tesla, tem agora mais uma preocupação chegando: a gigante chinesa Xiaomi.
A empresa asiática, com forte presença global no setor de tecnologia, surpreendeu o setor automotivo com a enorme procura pelo recém-lançado SUV elétrico, YU7. Na primeira hora após o lançamento do modelo, a Xiaomi recebeu quase 300 mil pedidos de compra.
“Em apenas dois minutos, recebemos 196 mil pré-encomendas pagas e 128 mil pedidos confirmados”, disse o CEO da Xiaomi, Lei Jun, em um vídeo divulgado pela companhia após o lançamento do veículo.
Ações da Xiaomi dispararam
O desempenho fez com que as ações da empresa chinesa registrassem alta de 3,6% na última sexta-feira (27) na Bolsa de Hong Kong. Logo no início do pregão, os papéis da Xiaomi dispararam 8%, atingindo máxima histórica.
No acumulado de 2025, as ações da gigante chinesa operam em alta de 73,3%. Com isso, a Xiaomi está avaliada em cerca de US$190 bilhões.
Preços mais baratos que a da Tesla
O modelo YU7, vendido a US$ 35,6 mil, tem um valor 4% inferior ao modelo Y da Tesla de Elon Musk. Esse é apenas o segundo automóvel lançado pela fabricante de smartphones.
Em março do ano passado, a empresa causou um impacto no mercado de veículos elétricos com o lançamento de seu primeiro modelo, o sedã SU7. Na ocasião, o carro superou as vendas do Model 3, da Tesla, na China em um mês.
Especialistas do setor dão como certa a aceleração do ritmo de perda de mercado na Tesla entre os chineses. Em 2020, a empresa americana tinha um market share de 15% no país. No ano passado, essa marca caiu para 10%, e nos primeiros cinco meses de 2025, chegou a 7,5%. Em 2025, a China representou cerca de um quinto (1/5) da receita da companhia americana.