Financiado pelo governo japonês, o local que abrigará os atletas no Japão custou US$ 485 milhões. No Rio de Janeiro, a estrutura destinada a acomodar as delegações da competição de 2016 saiu por cerca de US$ 900 milhões em valores da época — ou US$ 580 milhões na cotação de hoje.
No Brasil, o empreendimento contou apenas com os recursos da iniciativa privada, mas o dinheiro veio de empréstimos da Caixa Econômica Federal. A Odebrecht do Petrolão e a Carvalho Hosken foram as empresas responsáveis pelo projeto.
O plano nos dois países era comercializar os imóveis depois do evento. No Rio, passados cinco anos dos Jogos, apenas um terço das unidades foi vendido. Batizado de Ilha Pura, o condomínio teve uma concepção incomum. Quando a vila foi inaugurada, o então presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, considerou-a “a mais bela da história dos Jogos”.
No ano anterior ao evento, Maurício Cruz, porta-voz dos idealizadores do complexo, revelou à ESPN que o intuito era oferecer “apartamentos mais confortáveis” e em um “condomínio estruturado, perto da praia e da lagoa, para as delegações verem aquilo que é o Rio”, enquanto o habitual sempre recomendava fazer algo simples, “como se fosse uma habitação popular”. Na oportunidade, ele disse ainda que “não fazia sentido colocar a vila na periferia”.
Vila Olímpica do Rio x Tóquio
A estrutura japonesa é formada por 3,8 mil apartamentos distribuídos em 21 edifícios, enquanto na brasileira são 3,6 mil alocados em 31 torres. Em ambos os complexos existem áreas para lazer e compras. Na capital fluminense, porém, o condomínio é de alto padrão, feito com lagos artificiais e bosques: os imóveis têm tamanho entre 77 e 325 metros quadrados, e os interessados precisam desembolsar valores que vão de R$ 650 mil a R$ 2,5 milhões para adquirir um deles.
Por Terra Brasil Notícias