Na manhã deste sábado (08), a cidade de Acari foi novamente palco de um importante momento de valorização da memória e das origens do povo seridoense. A programação do V Encontro de Genealogia de Acari teve início com uma acolhedora abertura e café da manhã na Casa Anexo do Museu Histórico de Acari, reunindo pesquisadores, genealogistas, historiadores e cidadãos interessados em conhecer mais sobre suas raízes familiares e a formação cultural da região.
O evento, que se consolida como um espaço de diálogo e pesquisa sobre as famílias e a história do Seridó, contou com uma rica sequência de palestras que abordaram diferentes perspectivas sobre identidade, mestiçagem e ancestralidade.

A primeira exposição do dia foi ministrada por Mara Gabrielly Batista de Macêdo, com o tema “Ser(tão) pardo: trajetórias e genealogias mestiças no Seridó”, trazendo reflexões sobre as origens miscigenadas e as trajetórias sociais das famílias sertanejas.
Em seguida, José André da Silva apresentou o trabalho “Raiz do Brejo que brotou no Sertão: Descendência de Sinhá Rosalina da Conceição”, um estudo detalhado sobre a genealogia e a força das matriarcas que ajudaram a construir as comunidades do interior nordestino.

O pesquisador Josias Ivo de Souza aproveitou o momento para realizar o lançamento do seu livro “Escola em Disputa”, contribuindo com novas análises sobre a educação e os conflitos históricos em torno da formação cultural no interior do Rio Grande do Norte.
Encerrando as apresentações, Julio Cesar e Gabriel Santos conduziram a palestra “Seridó Mestiço: O mito dos ‘puro-sangue’ seridoenses”, discutindo as narrativas de pureza e identidade regional sob uma ótica crítica e contemporânea, ampliando o olhar sobre a diversidade do povo seridoense.

O V Encontro de Genealogia de Acari reafirma o compromisso da cidade com o resgate histórico e o fortalecimento das identidades locais, celebrando a pluralidade e a memória que moldam o Seridó potiguar.












