O senador Rogério Marinho (PL) confirmou que é pré-candidato ao Governo do Estado nas eleições de 2026, mas deixou claro que sua candidatura depende da união da oposição até o fim de 2025.
“Isso é uma construção. Se até o final deste ano nós não sentirmos que há aderência, aglutinação ao nosso projeto, temos toda a condição de votarmos em uma outra candidatura que se apresente”, disse Rogério, em entrevista à TV TCM.
Rogério lembrou que seu mandato de senador vai até o início de 2031. “Eu só posso ser candidato a governador. Se eu não for ser candidato a governador, eu vou ficar onde me encontro”.
O senador afirmou que, caso não reúna as condições de ser candidato, poderá apoiar outro nome de oposição. E citou como opções: o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), o senador Styvenson Valentim (PSDB) e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União).
A união da oposição tem sido defendida por vários integrantes do grupo. Em recente entrevista ao AGORA RN, o ex-senador José Agripino Maia, presidente do União Brasil no Estado, também defendeu a necessidade de uma candidatura única da oposição ao Governo para que o grupo consiga também disputar uma das duas vagas ao Senado.
O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), vem cumprindo um papel de articulação junto às principais lideranças da direita potiguar. Tem conversado com todos os atores citados — inclusive Álvaro e Allyson — para construir um palanque unificado e viável eleitoralmente.
Além deles, estão no campo da oposição Styvenson Valentim, que deverá disputar a reeleição ao Senado, e os deputados federais Robinson Faria (PL), General Girão (PL), João Maia (PP) e Sargento Gonçalves (PL), todos citados por Marinho como possíveis quadros de apoio ao projeto de alternância no Estado.
O senador também registrou que o PL já conta com seis deputados estaduais, 18 prefeitos, 29 vice-prefeitos e presença direta em mais de 40 prefeituras. Reforçou que partidos como PP, Republicanos, União Brasil, Podemos e PSDB estão dialogando com seu grupo. “Todos que acreditam que é necessário mudar o Estado do Rio Grande do Norte e se opor ao desgoverno do PT têm, evidentemente, lugar ao nosso lado”, disse.
Marinho, que atualmente é líder da Oposição no Senado, registrou que o atual cenário do Estado demanda “coragem” para tomada de decisões. “Não é um passeio no parque. É preciso disposição para tomar decisões duras que devolvam ao Estado o caminho do desenvolvimento”, declarou o bolsonarista.
A previsão é que a definição sobre a cabeça da chapa majoritária ocorra até o fim deste ano. Marinho admite que, se o seu projeto não se consolidar como o nome de consenso, apoiará outro candidato.
“Conversar, transigir, negociar, construir um projeto para o Estado do Rio Grande do Norte, não apenas fazer a crítica dos problemas, mas apresentar soluções. Isso é o que vai permitir que uma eventual candidatura possa ser assimilada pela população.”
Abertura do Rota 22 com Jair Bolsonaro
Enquanto isso, o senador lidera o projeto Rota 22, um ciclo de oficinas e seminários em todo o Estado que, na abertura, contará com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A primeira etapa acontece nesta sexta-feira 11, com agenda em Acari, Jucurutu, Pau dos Ferros e Tenente Ananias. No sábado 12, a comitiva visita o Canal do Apodi, em Major Sales, com previsão de parada em Mossoró.
“Nós iremos passar por Mossoró, no trajeto até o Aeroporto de Fortaleza, e iremos pedir ao presidente que pare naquela obra importante. Foram mais de R$ 40 milhões alocados pelo governo de Bolsonaro quando eu era ministro. Um pedido da cidade de Mossoró, do prefeito Allysson, dos comerciantes da cidade”, disse.
Marinho explicou que o projeto busca aproximar o partido da sociedade civil e colher propostas concretas para um novo plano de gestão para a Presidência da República em 2026. “Nosso plano A é Jair, nosso plano B é Messias e nosso plano C é Bolsonaro. Mas, caso não seja ele, teremos que construir juntos um caminho para o RN.”
Por Agora RN