Sem previsão, Fiocruz adia início de produção nacional de IFA para vacina

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A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) informou nesta sexta-feira (14) que não há previsão para o início da produção nacional de IFA (ingrediente farmacêutico ativo) para a vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19. O adiamento pode impactar a entrega de doses.

No dia 7 de maio, Mário Moreira, vice-presidente da fundação, afirmou em entrevista coletiva do Ministério da Saúde que a produção do insumo estava prevista para começar amanhã (15). A distribuição de vacinas produzidas com IFA nacional seria a partir de outubro.

“Vamos produzir uma série de lotes de validação, acertados com os procedimentos nacionais, e depois começamos [a produzir] em escala industrial. Esses testes produzidos nessa escala deverão aguardar o registro definitivo da Anvisa, que estamos discutindo em reuniões entre nossos grupos técnicos, e a nossa expectativa é de que, em outubro, tenhamos a liberação para entregar os lotes produzidos de maio em diante”, afirmou Moreira.

Mas agora o calendário está incerto.

Até agosto, a Fiocruz completará a primeira remessa de 100 milhões de doses, produzidas com IFA importado, com média de 1 milhão por dia. No restante do segundo semestre, há previsão de mais 50 milhões de doses produzidas com IFA importado e outros 60 milhões com IFA nacional, o qual não tem previsão de começar a ser produzido.

Em nota, a Fiocruz explicou que o início da produção nacional do IFA é um processo complexo, dividido em várias etapas que já tiveram início. Apesar de a produção não começar neste sábado (14), essas etapas continuam em andamento.

“Neste momento, estão ocorrendo na fábrica algumas atividades relacionadas ao início desse processo produtivo, como simulação de operações, treinamento de pessoal em processo e absorção de metodologias analíticas”, informa a nota.

A fundação não explica contudo o motivo do atraso no andamento dessas etapas, para que a produção tivesse início amanhã conforme previsto.

Paralelamente às atividades e o início da produção dos lotes, a Fiocruz deve fornecer à Anvisa as documentações necessárias para alteração do registro da vacina, agora com novo local de fabricação do IFA.

A Fiocruz também deve assinar “em breve” um novo contrato com a Astrazeneca, que especifica a transferência de tecnologia, mas ainda não há data firmada.

Autonomia

Ter o IFA nacional permite autonomia aos laboratórios na produção das vacinas, pois todas as etapas passam a acontecer independentemente da importação de outros países.

Hoje, o Instituto Butantan, o outro laboratório brasileiro responsável pela produção de vacinas, afirmou que falta IFA e, por isso, não há previsão de voltar a produzir a Coronavac.

“O Butantan aguarda autorização do governo chinês para a liberação de mais matéria-prima necessária para a produção da vacina. Questões referentes à relação diplomática Brasil x China podem, sim, estar interferindo diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos”, diz comunicado.

Mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou —sem dar detalhes— que a falta do insumo no Butantan é “uma questão contratual”. Para exemplificar, ele citou o recebimento regular de IFA por parte da Fiocruz. A previsão é de que a fundação receba mais remessas do ingrediente nos dias 22 e 29 de maio.

Apesar de não ter outras datas preestabelecidas, a fundação não prevê atraso na entrega das doses que dependem do IFA importado. A Fiocruz confirmou que a média de 5 milhões de doses semanais está garantida até o fim de junho.

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