Com o início dos trabalhos da equipe coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) se tornou o centro do poder em Brasília. Até o fim de dezembro, a movimentação naquele prédio – transformado em sede do gabinete de transição – ofusca o Palácio do Planalto, onde o presidente Jair Bolsonaro ainda despacha, quando lá aparece.
A comunicação entre os integrantes da transição e as trocas de informações ocorrem por meio de ferramentas tradicionais, como WhatsApp e e-mail. Não há uso ostensivo de softwares específicos para a organização dos dados. Formados por pessoas de várias partes do País, os grupos de trabalho também têm realizado reuniões online, mas parte dos integrantes do gabinete frequenta a sede do CCBB, em Brasília.
Até 10 de dezembro, a equipe deverá produzir ao menos três documentos para subsidiar o futuro governo, incluindo um relatório final. O mais importante deles é um diagnóstico detalhado da situação do Estado brasileiro deixada pela administração de Jair Bolsonaro (PL), o primeiro presidente que não se reelegeu, desde a redemocratização.
A produção dos documentos está a cargo dos 31 grupos que participam da transição, sob a coordenação técnica do ex-ministro petista Aloizio Mercadante. De economia a pesca, passando por segurança pública e infraestrutura, os grupos podem ser o embrião do futuro governo.