Uma quadrilha que utilizava o aplicativo de relacionamentos Tinder para atrair vítimas e roubar veículos em Santa Catarina foi condenada, nesta semana, a penas que somam 178 anos e 6 meses de prisão. A sentença é resultado das investigações da Operação Tinder, deflagrada pela Polícia Civil em março do ano passado para desarticular o grupo criminoso.
Cinco integrantes foram condenados por diversos crimes, como roubo, extorsão e associação criminosa. A menor pena individual foi de 23 anos de reclusão. Os criminosos atuavam em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, usando perfis falsos no aplicativo para marcar encontros com as vítimas.
Segundo as investigações, as vítimas eram surpreendidas por comparsas armados ao chegarem ao local combinado. Roubadas e ameaçadas, eram mantidas reféns dentro de seus próprios carros e obrigadas a realizar transferências bancárias via celular. Em alguns casos, os criminosos ainda exigiam pagamento para a devolução dos veículos.
“A quadrilha era extremamente organizada. As vítimas eram abordadas, mantidas sob ameaça e, depois de extorquidas, eram deixadas em locais isolados enquanto os autores fugiam com os veículos”, explicou o delegado Diego Azevedo, responsável pelo inquérito.
Desde o início da operação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão nas cidades de Florianópolis e Palhoça (SC), e Alvorada, Guaíba e Bagé (RS). A polícia também conseguiu identificar tanto os executores dos crimes quanto os beneficiários diretos das ações.
