Em Londres, onde participa do funeral da Rainha Elizabeth II, o presidente Jair Bolsonaro (PL) antecipou ao SBT o tom do discurso que vai fazer na Assembleia da ONU, na próxima 3ª feira (20.set). Em entrevista exclusiva ao repórter João Venturi, ele disse que não foi até a Inglaterra fazer campanha eleitoral.
Bolsonaro chegou ao Reino Unido já na manhã deste domingo (18.set), no horário local. Acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente esteve na embaixada brasileira em Londres antes de se dirigir ao funeral da monarca.
O presidente será responsável por abrir a Assembleia da ONU na próxima 3ª feira. “Pretendo falar alguma coisa sobre energia limpa, no caso hidrogênio verde, em especial o nosso nordeste, uma potência. O Brasil, alem do agronegócio, além de alimentar mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo, abriu-se uma porta enorme nas eólicas ditas “offshore”, ou seja, os nossos cataventos na costa do Brasil, em especial do nordeste. Temos um potencial pra 50 Itaipu Binacional. O Brasil é isso, um país enorme que, no meu entender sempre, não foi muito bem administrado no passado”, disse.
Questionado se teme ser criticado por ir até o funeral de Elizabeth II durante a corrida eleitoral, Bolsonaro afirmou que não está na Inglaterra para fazer campanha, e sim cumprir seu papel institucional.
“Quem está falando que eu estou fazendo campanha política é você. Se eu não venho, tenho crítica. Se eu venho, tem também. Estou aqui exercendo um papel institucional. O Brasil é uma grande potência. Já somos agora, ganhamos algumas posições, a 10ª maior economia do mundo. Há interesse por parte do Reino Unido um contato conosco”, disse o presidente.
Bolsonaro afirmou ainda que teria assuntos para tratar com o Rei Charles III, mas que o momento não é oportuno: “eu não vou, num momento como esse buscar tomar a atenção dele. Em toda as vezes que eu estive com ele, desde quando assumi, o tratamento foi muito cordial, conversamos sobre questÃo do meio ambiente, que ele tem uma preocupação muito grande com isso. Uma conversa bastante franca, nos entendemos muito bem. Creio que ele goste de mim, assim como eu gosto dele”.
O que a gente pode esperar da Assembleia da ONU, com o Brasil abrindo mais uma vez? O que podemos esperar do discurso?
Olha, semelhante a 2019, onde nós fomos bastante objetivos, colocando na mesa a posição do Brasil. Hoje o Brasil é uma referência para o mundo na questão ambiental. Ninguém tem uma legislação como a nossa, ninguém tem dois terços do seu território preservado, se encontra da mesma forma que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500. Pretendo falar alguma coisa sobre energia limpa, no caso hidrogênio verde, em especial o nosso nordeste, uma potência. O Brasil, além do agronegócio, além de alimentar mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo, abriu-se uma porta enorme nas eólicas ditas ‘offshore’, ou seja, os nossos cataventos na costa do Brasil, em especial do nordeste. Temos um potencial pra 50 Itaipu Binacional , não só vamos ter uma energia mais em conta, bem como poderemos ser exportadores de hidrogênio verde. O Brasil é isso, um país enorme que, no meu entender sempre, não foi muito bem administrado no passado.
Confira a entrevista na íntegra:
Por SBT News