Wilton Carlos Rabello Quintanilha, conhecido como Abelha, apontado como “presidente do Comando Vermelho” nos presídios, cumprimenta o secretário de administração penitenciária, Raphael Montenegro. Um vídeo obtido pela TV Globo mostra a saída da cadeia de no dia 27 de julho de 2021.
Criminoso saiu do presídio pela porta da frente, mesmo tendo mandados de prisão pendentes.
Nesta terça-feira (17), o Secretário Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Raphael Montenegro, foi preso pela Polícia Federal (PF). Além dele, também foram detidos o subsecretário de Gestão Operacional, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente Operacional, Sandro Faria Gimenes.
A decisão judicial que ordenou as prisões foi baseada em escutas implementadas nos presídios onde estão membros do alto escalão da facção criminosa Comando Vermelho.
De acordo com as investigações, Montenegro atuou para favorecer a atuação do CV no Estado e realizou diligências para viabilizar o retorno de membros da facção criminosa na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná, para o Rio de Janeiro.
Exoneração
Raphael Montenegro foi exonerado pelo governador Cláudio Castro. Para o cargo de secretário, foi nomeado o delegado federal Vitor Hugo Poubel. De acordo com nota do governo estadual, a substituição “já havia sido decidida na semana passada e aguardava os trâmites da cessão do servidor público federal [delegado Vitor Hugo Poubel]”. O decreto de exoneração do secretário foi divulgado hoje, mas com data retroativa de ontem.
Ainda na nota, o governo do estado garantiu que vai ajudar nas investigações da Operação Simonia, deflagrada na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). O objetivo da operação é desarticular esquema criminoso estabelecido na cúpula administrativa da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap).
“O governo se compromete a auxiliar no aprofundamento das apurações. Nesta manhã, o governador falou com o ministro da Justiça, Anderson Torres, colocando o Estado à disposição e reforçando que o governo é o maior interessado no esclarecimento dos fatos.”