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Polícia investiga professor que coletou amostras de sangue de alunos usando a mesma agulha

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A polícia do Espírito Santo está investigando um professor de química que realizou uma atividade prática em uma escola estadual de Laranja da Terra, interior do estado, onde coletou amostras de sangue de seus alunos utilizando o mesmo instrumento de metal pontiagudo. A situação foi registrada por alguns estudantes em um vídeo, que mostra o professor furando o dedo dos alunos para coletar o sangue, que era então colocado em lâminas e observado no microscópio.

Segundo relatos de uma das alunas que participou da atividade, os estudantes inicialmente não questionaram o procedimento, acreditando que o professor sabia o que estava fazendo. “A gente viu, só que no momento a gente pensou: ‘Ah, ele é o professor, ele sabe o que ele está fazendo’. E, como ele estava limpando com álcool, a gente no calor do momento acreditou que estava tudo bem e a maioria deixou furar o dedo”, explicou a jovem, que tem 16 anos. Ao todo, 44 alunos de três turmas participaram da atividade em dias diferentes, na semana passada.

Os pais dos estudantes alegam que não foram comunicados sobre a atividade, e souberam do ocorrido apenas no final do dia, quando os filhos foram testados para verificar se haviam sido infectados por doenças infecciosas. “A escola levou os alunos para fazer exame, fizeram o teste rápido, deu todos deles negativos, mas a preocupação da gente como pai e mãe é, e no futuro?”, disse uma das mães.

Os testes realizados incluíram exames para verificar a presença de hepatite B e C, HIV e sífilis. Na terça-feira (18), os alunos foram testados novamente e serão monitorados por três meses. De acordo com a médica infectologista Rubia Miossi, o uso de um único material perfurante em mais de uma pessoa pode resultar na transmissão de doenças infecciosas. “Eles, por obrigação, têm que ser todos descartáveis. Uso único. Usei uma vez e joguei fora”, explicou a especialista.

O professor, que trabalhava na escola desde o início de 2025, foi demitido após o ocorrido. A Secretaria de Educação do Espírito Santo afirmou que o docente não pediu autorização para a realização da atividade e que a escola não tinha os insumos necessários para a execução adequada do experimento. O secretário de Educação, Vitor de Angelo, declarou que a situação foi grave, pois o professor não informou a escola e expôs os alunos a riscos.

A Polícia Civil está ouvindo as testemunhas e deve intimar o professor para prestar depoimento. “A princípio, o que se apresenta é um crime de exposição ao perigo. Vamos apurar para ver se de fato se consuma”, afirmou o delegado-geral da PC/ES, José Darcy Arruda.

O caso segue sendo investigado, e os alunos continuarão sendo acompanhados para garantir sua saúde e segurança.

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A revista eletrônica Seridó 360 foi criado no inicio do ano de 2018, pelo estudante de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, das Faculdades Integradas de Patos/PB, Iasllan Araújo, com o intuito de levar às notícias do Seridó Potiguar a uma única revista – esta.

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