O Brasil encerrou a década de 2011-2020 perdendo oito posições no ranking dos maiores Produtos Internos Brutos (PIBs) per capita do mundo. Ao longo dos anos, o país também assistiu à vantagem em relação ao grupo dos emergentes ficar cada vez menor.
A pandemia da Covid-19, o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a recessão econômica são algumas das explicações para o retrocesso.
De acordo com dados publicados na semana passada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na década anterior, o Brasil ocupava a 77ª posição entre os maiores PIBs per capita globais. Atualmente, o país está na 85ª posição. O relatório traz informações sobre cerca de 190 países.
Outro dado brasileiro que se destacou no relatório foi quanto à paridade do poder de compra (PPC). Enquanto em 2011 o valor era de US$ 15.394, ano em que o indicador era maior do que o da China, em 2020 era de US$ 14.140. O gigante asiático ultrapassou o Brasil na última década e passou para 77º posição em 2020, com PPC de US$ 16.297.
O maior do mundo no ano passado era o de Luxemburgo, com US$ 111,9 mil.
Em relação aos países emergentes, Índia (141ª para 128ª), Colômbia (92ª para 88ª) e Paraguai (102ª para 97ª) continuaram abaixo do Brasil no ranking, mas melhoraram suas posições. Por outro lado, Argentina (53ª para 64ª) e México (69ª para 72ª) pioraram seus postos, mas continuam acima do Brasil.
Na última década, o PIB per capita das nações emergentes equivalia a 58% do brasileiro. De lá para cá, esse número avançou para 77%. A previsão do FMI é de que a aproximação deve chegar a 87% em 2026.
Por Metrópoles