A PF (Polícia Federal) faz buscas nesta quinta-feira (1º) para tentar recuperar o dinheiro desviado na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia.
O que aconteceu
Operação cumpre 34 mandados de busca e apreensão em quatro estados. Os locais das buscas são na Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Em nota, a PF disse que a ação também cumpre medidas judiciais de sequestro de bens expedidos pela Justiça Federal da Bahia.
A PF investiga suposto esquema de desvio de recursos públicos. Segundo a corporação, também há suspeita de crimes licitatórios, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Compra de R$ 48 milhões em respiradores nunca foi entregue. A investigação da PF encontrou indícios que ligam o esquema ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Na época dos fatos, ele era governador da Bahia e presidente do Consórcio Nordeste.
Ele é investigado pela PF, mas não é alvo da operação desta quinta (1º). O nome de Rui Costa foi citado em delação premiada, em depoimento de uma empresária responsável pelo negócio com o Consórcio Nordeste. O UOL teve acesso ao conteúdo da delação. Ela devolveu R$ 10 milhões aos cofres públicos e apresentou extratos bancários de transferências a intermediários da venda.
Pagamento por respiradores foi feito de forma adiantada. Rui Costa, porém, nega o envolvimento com irregularidades. Ele afirma que o negócio foi feito nas condições do mercado “vigente” para compra de respiradores no início da pandemia.
Contrato foi assinado em abril de 2020, no início da pandemia. Ele previa a compra de 300 respiradores importados da China. Os aparelhos iriam abastecer os estados do Consórcio Nordeste.
Por UOL