Em uma série de revelações chocantes, o padre de 47 anos, Melis, admitiu ter contraído HIV há 10 anos na África. Ele afirmou estar em tratamento contínuo, o que, segundo ele, reduz significativamente o risco de contágio. A situação se agravou recentemente com a denúncia de abuso sexual envolvendo um menor de 12 anos.
Segundo as autoridades italianas, o menor não testou positivo para o HIV, mas o padre enfrenta acusações severas que incluem agressão sexual contra menor, prostituição de menor e tentativa de violência agravada. A situação tem causado grande alvoroço na comunidade local e entre os fiéis.
Abuso Sexual e HIV
Durante a investigação, foi revelado que Melis pode ter abusado de outras crianças. Em uma operação de busca em sua residência, a polícia encontrou drogas para estimulação sexual, roupas de grife e um estoque impressionante de cigarros eletrônicos. Estes itens, segundo as autoridades, eram usados pelo padre para atrair menores para sua casa.
Os advogados de defesa, Raffaele Caruso e Graziella Delfino, explicam que Melis está em tratamento no hospital San Martino de Gênova há mais de 12 anos. Eles afirmam que a terapia tem mantido o vírus indetectável, tornando-o “totalmente sob controle e, na verdade, irrelevante”.
De acordo com Caruso e Delfino, os controles periódicos realizados em Melis confirmam a indetectabilidade do vírus. “Quando o vírus não é detectável, nem sequer é transmissível,” afirmam os advogados. Essa informação pode ser um ponto crucial na defesa do padre, mas não elimina a gravidade das acusações de abuso sexual.
O Que Significa Indetectabilidade do HIV?
Para os especialistas, a indetectabilidade do HIV significa que a quantidade do vírus no sangue é tão baixa que não pode ser medida pelos testes disponíveis. Isso geralmente ocorre quando o paciente segue rigorosamente um regime de tratamento com antirretrovirais.
Esse estado de “indetectável = intransmissível” é um conceito aceito pela comunidade médica e importantes órgãos de saúde. No entanto, a sociedade em geral ainda tem muitas dúvidas e preconceitos em relação ao HIV.
A situação do padre Melis, portanto, não apenas traz à tona questões legais e morais, mas também reflete a complexidade do tratamento e gestão do HIV. No contexto das acusações, a indetectabilidade do vírus em Melis não diminui a seriedade dos crimes de que ele é acusado.
A decisão sobre a prisão preventiva de Melis será tomada nas próximas semanas. Enquanto isso, a comunidade local aguarda ansiosamente por justiça e respostas. A vigilância sobre indivíduos em posições de poder, como Melis, é crucial para proteger as crianças e garantir que crimes desse tipo não passem impunes.
Por Terra Brasil Notícias