Após três dias de uma rara reunião emergencial, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu aprovar resolução contra a Rússia e seu presidente, Vladimir Putin, pela invasão e pelos bombardeios na Ucrânia. Dos 193 países, 141 votaram a favor, cinco contra e 35 se abstiveram. Eram necessários dois terços para a aprovação.
Dessa forma, portanto, a decisão foi esmagadora contra os russos. O documento, feito conjuntamente por 94 países, aponta que a ONU “deplora fortemente a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia”. O Brasil votou contra os russos, mas não participou da construção da resolução. O órgão demanda que a Rússia interrompa imediatamente os ataques e retire total e incondicionalmente as forças militares do território ucraniano.
Juridicamente, a resolução não é vinculativa: somente expressa o posicionamento oficial da ONU. O objetivo é subir a pressão sobre Moscou, e também Belarus, que tem se aliado aos russos. É esperado, agora, que as sanções contra a nação comandada por Vladimir Putin aumentem.
No sexto dia de ataques, Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio. Civis foram alvejados pelas tropas russas.
Minutos após a aprovação da resolução que pune a Rússia por guerra contra a Ucrânia, o embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho, explicou o posicionamento brasileiro. Ele defendeu o diálogo e as discussões para garantir a paz.
“O Brasil continua a exortar todos os atores a desescalar e renovar os esforços em favor de um acordo diplomático negociado entre a Ucrânia e a Rússia, o qual contribua para o restabelecimento da segurança e da estabilidade da região”, pontuou.
Os representantes diplomáticos voltaram a se reunir durante esta quarta-feira (2) na sede da ONU, em Nova York, após um revés contra a Rússia no Conselho de Segurança da entidade e uma reunião da Assembleia Geral. O encontrou começou ainda na segunda-feira (28).
Por Metrópoles