Intérprete de Nino na série Castelo Rá-Tim-Bum (1994-1997), o ator Cassio Scapin revelou que não ficou rico com seu trabalho de sucesso na televisão, mas hoje tem uma vida confortável. Ele não tem contrato fixo com a Record desde 2017, quando fez a novela O Rico e Lázaro (2017). O artista lida bem com os contratos por obra e se considera um trabalhador autônomo.
Em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo, Scapin explicou que estar em um contrato fixo significa uma estabilidade momentânea para ele como ator. “Gostaria de ter uma vida menos preocupada na questão da sobrevivência, que para o artista no Brasil é complicada”, disse.
“Quando você é absolutamente autônomo, tem que andar com mais atenção e parcimônia, porque não é tão simples. Nesse sentido gostaria de desacelerar, sim. Escolher os trabalhos, fazer só o que eu quero, ter mais liberdade, programar algo, ter mais autonomia na gestão da vida pessoal”, acrescentou.
Antes de ir para a Cultura, ele já havia trabalhado na Globo na novela A Gata Comeu (1985) e fez personagens diversos no quadro Controle Remoto, do extinto Domingão do Faustão (1989-2021). Foram 12 anos na emissora dos Marinho, e sua estreia na Record aconteceu em 2008, em Os Mutantes (2008).
Não sou um homem rico, mas vivo confortavelmente. Mas não posso, por exemplo, pegar um projeto e investir nele sem precisar de nada e nem de ninguém. Essa seria uma liberdade financeira interessante.
Aos 60 anos, o ex-Castelo Rá-Tim-Bum assume que não lida bem o envelhecimento. Fisicamente, Scapin não se sente como um homem idoso. “Pelas referências que tenho, uma pessoa com 60 anos é velha. Mas creio que esse paradigma está mudando. Continuo me sentindo jovem, capaz, potente”, reflete.
O ator vive um namoro de quase cinco anos com o farmacêutico Diego Redondaro, de 39 anos. Seu relacionamento é levado com discrição, sem exposição nas redes sociais. “Nunca tive necessidade de propagar, porque sempre tive uma vida tranquila nesse sentido”, pontua.
“Nunca liguei muito para o que as pessoas estavam pensando. Detesto coluna de fofoca, acho chato, não me interessa. Por isso, mantenho a minha vida privada, tento preservar meus relacionamentos, minha família e meus amigos. Porque uma coisa são suas relações pessoais e outra é o que você produz profissionalmente. E uma coisa não tem que estar ligada à outra”, concluiu.