Mesmo após Lula (PT) entrar em campo e fazer uma série de reuniões com líderes políticos, a ideia de manter a PEC da Transição com vigência de quatro anos, proposta do Partido dos Trabalhadores (PT), tem perdido força. Parlamentares de diversas siglas consideram que o prazo de dois anos é o mais adequado, e os próprios petistas já admitem que a legenda deve ceder à alternativa.
Na quarta-feira (30/11), o presidente eleito encontrou-se com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Durante a reunião com Lula, Lira defendeu que a PEC tenha validade de apenas dois anos.
A necessidade de rever o tempo de duração da proposta também foi levantada por Pacheco nos últimos dias. Na terça-feira (29/11), o senador afirmou que algumas questões sobre o texto ainda precisam ser “amadurecidas”.
“Especialmente com relação ao prazo de excepcionalização do programa social”, completou Pacheco, em menção ao Bolsa Família, programa que a equipe de Lula pretende custear com valores fora do teto de gastos.
Na quarta, após a reunião com o presidente eleito, Pacheco evitou falar sobre o encontro. O chefe do Senado disse apenas que a agenda foi “muito positiva”, com “amadurecimento de várias questões”
Nos bastidores, líderes do PT já admitem que o prazo de dois anos para viabilização da PEC é o caminho mais aceito entre os congressistas.
Por Metrópoles