Um dos maiores medos de qualquer grávida é ouvir que algo está errado com o seu bebê. Foi o que aconteceu com Hannah Cole, 27, da Inglaterra. A bolsa dela estourou cedo, com apenas 20 semanas de gestação e, por isso, precisou ser internada. No dia seguinte, os médicos deram a notícia que mãe nenhuma quer escutar: eles não foram capazes de identificar batimentos cardíacos ativos no útero, o que significava que o bebê estava sem vida. Ela seria, então, enviada para uma indução de parto, para ajudar seu corpo a expulsar o corpo do pequeno.
No entanto, um forte “instinto” de mãe dizia a Hannah que aquilo não era verdade. Não era uma negação da realidade, era quase uma certeza de que, no fundo, por algum motivo, ela sabia que seu filho estava vivo. Por isso, a mãe insistiu e pediu que os médicos realizassem uma nova avaliação antes da indução, só para se certificar. Os médicos aceitaram, fizeram uma nova varredura e encontraram um batimento cardíaco.
Hannah mal podia acreditar, mas seu bebê “milagre”, a quem ela chamou de Oakley, nasceu vivo, embora prematuro extremo com 24 semanas e 3 dias de gravidez, no último dia 30 de outubro, pesando 780 gramas.
De acordo com o Daily Mail, os chefes do hospital pediram desculpas “pela angústia e ansiedade causadas” à família.
Como Oakley nasceu bem antes da hora, ele segue enfrentando desafios para sobreviver. “Tem sido estressante, com altos e baixos”, explicou a mãe. “Ele estava na UTI. Ele tem sido absolutamente brilhante. Estou simplesmente aliviada. Tem sido uma montanha-russa. Ele é meu milagre de Natal”, declara Hannah.
A previsão é de que o pequeno Oakley permaneça internado, pelo menos até a data em que seria a previsão do parto a termo, 9 de fevereiro de 2023.
Com apenas 8 dias de vida, o prematuro enfrentou sua primeira cirurgia, depois de ser diagnosticado com enterocolite necrosante, condição em que os tecidos do intestino ficam inflamados e morrem. Ele também precisou colocar uma bolsa de estomia (que coleta o conteúdo fecal) e já tem novas cirurgias previstas para o próximo ano. No início, ele precisou de ventilação mecânica, mas, agora, ele já consegue respirar sem ajuda, o que é uma vitória.
“Espero que possamos trazê-lo para casa em alguns meses”, disse a mãe. “Eu me sinto um pouco perdida no momento, porque ele não está em casa”, conta.
A mãe reclamou sobre o atendimento do hospital durante a gestação e o sistema de saúde nacional britânico, o National Health Service (NHS) afirmou que está investigando a situação. “Gostaríamos de enviar nossas felicitações à mãe e à família pelo nascimento de Oakley e desejar boa sorte durante sua longa jornada neonatal”, informou uma nota oficial do hospital.
Em outubro, Sarah Hollins, diretora de obstetrícia do Bradford Teaching Hospitals NHS Foundation Trust, disse: “Em nome do Trust, gostaria de oferecer minhas sinceras desculpas pela angústia e ansiedade causadas à senhora durante a gravidez atual”.
Por Crescer – globo.com