Mais de 9 mil não receberam segunda dose da vacina no Rio Grande do Norte

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Aproximadamente 9,090 mil pessoas no Rio Grande do Norte, elegíveis para a imunização contra a Covid-19 na primeira e segunda fases da campanha, não retornaram aos Postos de Saúde ou drive-thrus para a aplicação da segunda dose do imunizante até hoje. A informação é do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN). Em todo o Estado, Natal é a cidade que registra o maior quantitativo de segundas doses não aplicadas: 3.511.

Por grupos prioritários, a população de 80 anos ou mais foi a que mais faltou ao local de vacinação para tomar a segunda dose do imunizante: 3.067 idosos. Em pessoas de 75 a 79 anos, o quantitativo é de 1.438. Em trabalhadores da saúde, o total é de 1.196. Para o diretor executivo do LAIS/UFRN, Ricardo Valentim, o problema pode ser explicado por dois fatores: a estruturação do processo de imunização e a falta de automatização no registro dos vacinados.

“Muitas coisas que os municípios estão repetindo são muito parecidas com o que se fazia no período da Influenza e de outros processos de imunização que foram bem sucedidos no Brasil, mas que não tinha escassez de vacina nem a necessidade de um processo de organização mais criterioso. Neste caso, vem uma vacina escassa, com uma demanda muito grande e que exige do município um nível de transparência maior porque é um insumo extremamente vital”, frisa Ricardo Valentim.

A organização do processo vacinal contra a Covid-19 está também diretamente ligada à informatização dos cadastros. No Estado, a plataforma que acompanha a campanha de imunização, o RN+Vacina, tem 910.599 pessoas cadastradas para uma população que ultrapassa os 3 milhões de habitantes.

Além disso, atualmente, poucos municípios realizam instantaneamente o cadastro da população no momento exato da aplicação da dose. Portanto, parte dos atrasos na segunda dose pode ser resultante da falta de integração no RN+ Vacina, do que a real ausência da população. “Não adianta chamar a população, acumular um monte de papel e depois ter que colocar alguém para digitar”, frisa Ricardo Valentim.

Com a informatização do processo, ao invés das fichas preenchidas no momento da vacinação pelos profissionais, basta colocar o CPF da pessoa que já está pré-cadastrada na Plataforma do LAIS. O procedimento dura de 30 segundos a 1 minuto. Como alguns pontos de vacinação funcionam em locais com acesso à internet, a mudança não seria problema e seria automática, sem precisar dispor de alguém posteriormente para realizar o cadastro virtual. A inserção na Plataforma pode ser conferida instantaneamente pelo Governo do Estado e também pela União.

O lançamento de doses no sistema virtual demora, em média, de quatro a cinco dias. Porém, algumas localidades já chegaram a atrasar por mais de trinta dias. Esse retardo pode influenciar, por exemplo, na busca ativa pela população que já está vacinada ou próxima da segunda dose, e que poderia ser observada por cada região, já que no cadastro na Plataforma o telefone e e-mail são disponibilizados.

O processo pode servir também para o caso da população acamada que não pode comparecer aos pontos de vacinação. “No RN+Vacina, o município tem como olhar os pacientes que já tomaram a vacina, estão perto da segunda dose e disparar e-mail para eles ou demandar alguém para fazer ligações. Em municípios maiores, como Natal, dá mais trabalho mas uma alternativa é usar a grande imprensa”, sugere Ricardo Valentim.

Por Tribuna do Norte

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