Nesta segunda-feira (6), o presidente Lula (PT) conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na ocasião, Lula pediu o fim das tarifas sobre produtos brasileiros e das sanções impostas a autoridades nacionais. De acordo com o Palácio do Planalto, a ligação durou cerca de 30 minutos e aconteceu em tom amistoso.
O presidente brasileiro classificou a conversa como uma oportunidade para reforçar os laços históricos entre as duas nações. Lula também fez questão de lembrar que Brasil e Estados Unidos mantêm relações diplomáticas há 201 anos. Lula ainda destacou que o Brasil é um dos três países do G20 com os quais os americanos têm superávit comercial.
Também participaram da conversa o vice-presidente Geraldo Alckmin e e ministros estratégicos, entre eles Mauro Vieira, das Relações Exteriores, Fernando Haddad, da Fazenda, e Sidônio Palmeira, de Comunicação Social.
Negociações em andamento
Durante a conversa, o presidente dos EUA designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar continuidade às tratativas com representantes do Brasil. O gesto foi visto como um sinal de disposição da Casa Branca em avançar nas negociações comerciais.
Além disso, o clima positivo da ligação foi reforçado pela lembrança de um encontro anterior entre os dois presidentes, ocorrido em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.
De acordo com o governo brasileiro, as tratativas não envolvem apenas temas comerciais, mas também o restabelecimento de uma agenda de cooperação política, ambiental e diplomática entre as duas nações.
Encontros futuros
Quanto a um encontro presencial, Lula falou sobre a possibilidade dos dois se reunirem durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia. Além disso, reiterou o convite para que Trump participe da COP30, em Belém (PA).
O Palácio do Planalto também falou sobre a iniciativa, destacando que a ação reposicionar o Brasil no cenário internacional, fortalecendo vínculos com Washington após anos de distanciamento e tensões comerciais.
Ainda de acordo com o governo, o momento é visto como estratégico, já que o país norte-americano continua sendo um dos principais parceiros econômicos do Brasil.
