O inverno começa oficialmente no Brasil nesta sexta-feira (20), às 23h42 (horário de Brasília), e a previsão indica uma estação de contrastes. Apesar da expectativa de temperaturas médias a mais altas na maior parte do país, o brasileiro não deve guardar todos os casacos. A estação vai ser marcada por ondas de frio pontuais, que podem ser intensas, além de ter um padrão de chuvas irregular.
Neste ano, a estação não terá a influência de fenômenos como El Niño ou La Niña, o que indica um inverno com condições mais próximas da média climatológica, mas com uma tendência de aquecimento.
Temperaturas: mais quente que o normal, porém com ondas de frio
A previsão aponta para um inverno com temperaturas acima da média na maior parte do Brasil, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Isso não significa calor o tempo todo, mas a predominância de períodos quentes. O fim da estação, em particular, deve ser mais quente devido a uma área de alta pressão na costa.
Estão previstos eventos de frio intenso, mas que não serão frequentes. Essas massas de ar polar devem avançar pelo interior do continente, causando quedas bruscas de temperatura no Centro-Sul. Com a passagem dessas fortes massas de ar frio, há risco de geada em áreas como o sul de Minas Gerais, São Paulo e o centro-sul de Mato Grosso do Sul.
Algumas ondas de frio mais fortes podem avançar até a Região Norte, causando o fenômeno da friagem em estados como Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
Chuva e tempo seco: os dois extremos da estação
O inverno também terá um padrão de chuvas bem definido e contrastante pelo país. As regiões Sudeste e Centro-Oeste devem enfrentar dias mais secos, o que eleva o alerta para a baixa umidade do ar e o aumento do risco de queimadas.
Por outro lado, o inverno deve ser chuvoso em outras áreas. A expectativa é de maior incidência de chuvas em partes da Região Norte, Sul e, principalmente, na costa leste do Nordeste, entre Natal (RN) e o sul da Bahia, onde há risco de transtornos como enchentes e deslizamentos.
