O Rio Grande do Norte enfrenta há cerca de 45 dias a falta do contraste iodado – uma medicação usada em exames de imagem, como ressonâncias, cateterismos e tomografias computadorizadas para diagnosticar e tratar doenças.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) afirma que o problema é nacional e que os fornecedores alegam não ter o produto disponível.
No dia 12 de julho, o Ministério da Saúde recomendou aos estados o racionamento do uso da medicação.
Entre as orientações, o Ministério da Saúde orientou a priorização de procedimentos em pacientes de maior risco e em condições clínicas de urgência e emergência; evitar qualquer desperdício, e “considerar a utilização de métodos diagnósticos alternativos, quando possível”.
“A escassez de meios de contraste é global e de grande preocupação. A interrupção nas cadeias de suprimento, produção e distribuição ocorre principalmente por consequência da pandemia da COVID-19, na China, uma vez que medidas de “lockdown” foram decretadas localmente, impactando na cadeia de produção das indústrias chinesas”, diz a nota conjunta do ministério com outras instituições, enviada às secretarias estaduais.
A secretaria do Rio Grande do Norte afirmou que está com processos emergenciais de aquisição em aberto e aguarda respostas dos fornecedores, mas não tem previsão para recebimento da medicação.
Segundo Ralfo Medeiros, diretor da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), praticamente todos os hospitais da rede pública estadual, que são atendidos pelo órgão, já tiveram pedido de abastecimento negado pela Unicat por falta do insumo.
Segundo a Sesap, os exames não foram completamente paralisados, porque o insumo não é utilizado em todos os casos de ressonância e tomografia. De janeiro a maio, foram realizados 23.808 exames de tomografia e 5.856 ressonâncias magnéticas na rede estadual.
O g1 questionou o percentual de casos em que o contraste foi utilizado, mas não recebeu a informação até a última atualização desta matéria. A pasta também não informou, ainda, quantas pessoas aguardam por exames e dependem do insumo.
Por G1-RN