O ex-presidente do Banco Central em dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer (MDB), cuja gestão elaborou o teto de gastos, avaliou a nova regra fiscal enviada ao Congresso pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ‘como mais flexível, porém mais difícil de cumprir’.
Meirelles considera um desafio cumprir o pilar do arcabouço fiscal: fazer o ajuste com aumento de receita, e não com corte de gasto.
“As normas clássicas de ajuste fiscal no Brasil e internacionais dizem que o governo faz ajuste fiscal pela despesa, sem depender de receita. Despesa, o governo controla, receita, não”, afirmou o ex-ministro a Folha de S.Paulo.
“Fazendo as contas, com o que tem hoje, não chega lá onde dizem. É necessário um aumento de receita de R$ 150 bilhões. Essa complementação com receita é necessária. Ela é possível? Vamos ter de ver”, disse.