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Guedes sai como superministro mais poderoso desde a redemocratização

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O ministro Paulo Guedes (Economia) deixa o governo depois de ser o superministro mais forte desde a redemocratização da República. O “Posto Ipiranga”, como foi apelidado pelo presidente Jair Bolsonaro, deixa o cargo com avanços rumo ao liberalismo econômico, mas uma agenda de reformas incompleta.

Guedes iniciou as conversas com Bolsonaro em 2017 para criar o plano econômico da campanha presidencial de 2018.

A primeira vez que Bolsonaro mencionou o nome dele publicamente como possível ministro da Fazenda (hoje Economia) foi em um seminário da revista Veja, em 27 de novembro de 2017. Ao ser citado, Guedes era reconhecido como um ultraliberal. Ele ajudou a fundar o grupo BR Investimentos e o que se tornou o Banco BTG Pactual.

Indagado se o economista seria o futuro chefe da equipe econômica, Bolsonaro respondeu na época: “É uma pessoa que a gente espera continuar namorando, quem sabe ficar noivo né?”

O noivado deu certo. Guedes passou a ser fiador do ex-capitão do Exército e deputado na mesa de comensais da Faria Lima (região da capital paulista sede de grandes bancos e corretoras do mercado financeiro).

Bolsonaro foi eleito em 2018. Teve o apoio da maioria dos investidores pregando a defesa de uma agenda liberal para o Brasil –diferentemente da visão estatizante e nacionalista que ele havia defendido quando era deputado.

O noivado chegou ao fim. Depois de 4 anos, Guedes deixa o governo que ajudou a eleger. Bolsonaro perdeu a eleição para o opositor Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Acabou o combustível do “Posto Ipiranga” na gestão federal.

SUPERMINISTRO

Bolsonaro deu carta branca para o Guedes escolher sua equipe. O economista tinha metas ousadas, como zerar o deficit primário das contas do governo e privatizar a maioria (ou todas) estatais do país.

Montou um time conhecido como “Chicago oldies” –uma alusão aos Chicago boys, time de jovens liberais egressos da Universidade de Chicago que reformou a economia chilena durante a ditadura de Augusto Pinochet (1974-1990).

As decisões econômicas foram concentradas em Guedes, que agrupou 4 ministérios e se tornou o superministro mais forte do governo (Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, também tinha concentrado poder Esplanada).

O Ministério da Economia juntou as seguintes pastas:

  • Ministério da Fazenda;
  • Ministério do Planejamento;
  • Ministério da Indústria e Comércio Exterior;
  • partes do Ministério do Trabalho.

Ao longo do governo, Guedes criou 8 secretarias especiais para cuidar dos mais variados temas. São elas:

  1. Tesouro e Orçamento;
  2. Receita Federal;
  3. Previdência e Trabalho;
  4. Comércio Exterior e Assuntos Internacionais;
  5. Desestatização, Desinvestimento e Mercados;
  6. Produtividade, Emprego e Competitividade;
  7. Desburocratização, Gestão e Governo Digital;
  8. Programa de Parcerias de Investimentos.

Até hoje, há a discussão sobre os benefícios e malefícios desta medida. De um lado, a concentração dos poderes em uma única pessoa cria problemas de priorização da agenda econômica, segundo parte dos analistas. Do outro, a gestão da área foi unificada e ganhou eficiência na tomada de decisões.

O fato é que Guedes concentrou forças e teve papel importante no governo Bolsonaro. Além do ministério, teve seu dedo na escolha de ministros e presidentes de diversas estatais, como Petrobras e Banco do Brasil.

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A revista eletrônica Seridó 360 foi criado no inicio do ano de 2018, pelo estudante de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, das Faculdades Integradas de Patos/PB, Iasllan Araújo, com o intuito de levar às notícias do Seridó Potiguar a uma única revista – esta.

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