O número de crimes contra o patrimônio voltou a crescer em 2021 na Região Metropolitana de Natal após dois anos seguidos de queda. Os dados, da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN), apontam que, no ano passado, os furtos (tipificação criminal que teve maior aumento) a residências e estabelecimentos comerciais na região cresceram 35,6%, no comparativo entre 2020 e 2021. Se comparados os anos de 2019 e 2021, a alta foi de 22,3%.
Além disso, os dados da Coine se referem a crimes como roubos e arrombamentos a residências e estabelecimentos comerciais e trazem um recorte dos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. Em relação a furtos, segundo a Coordenadoria, os registros de 2018 apontam para 434 ocorrências; em 2019, foram 438; em 2020, a Coine indica 395 furtos; e em 2021, os números, que haviam sofrido redução no ano anterior, voltaram a apresentar alta: 536.
No caso dos crimes de arrombamentos, os aumentos na Região Metropolitana foram de 20,6% (se comparados os anos de 2020 e 2021) e de 11,5% (se comparados 2019 e 2021). Em números absolutos, foram registrados 505 arrombamentos em 2018; 398 em 2019; 368 em 2020 e, em 2021, após dois anos de queda, os números contabilizaram 444 ocorrências. Natal lidera o ranking de todos os registros. No ano passado, foram 324 crimes de arrombamentos a residências e prédios comerciais na capital, aumento de 17,8% em relação a 2020 (com 275 ocorrências) e de 14,08% se comparado a 2019 (com 284 registros).
O que diz a polícia
A Polícia Civil informou que, os casos de furtos mediante arrombamento, ocorrem, na maioria das vezes, em estabelecimentos comerciais, à noite, quando a ocupação nesses locais e a vigilância noturna dos próprios donos diminuem. A corporação explicou que são práticas executadas, geralmente, por pessoas em situação de rua ou dependentes químicos. “São pessoas que revendem os produtos dos crimes para receptadores em troca de dinheiro para a compra de drogas”, disse o delegado de Polícia Civil, Renê Lopes.
Para os casos de roubo (ações que fazem uso da força e de armas), segundo o delegado, o perfil é de “criminosos contumazes, muitas vezes ligados a alguma facção criminosa e que praticam esse tipo de ação para sustentar um determinado padrão de vida ou que possuem dívida de tráfico de drogas e enveredam para o roubo a fim de obter recursos para quitá-las”.
Números
Arrombamentos em residências e estabelecimentos comerciais na Grande Natal
2018: 505
2019: 398
2020: 368
2021: 444
Roubos em residências e estabelecimentos comerciais na Grande Natal
2018: 1.347
2019: 1.181
2020: 1.187
2021: 1.220
Furtos em residências e estabelecimentos comerciais na Grande Natal
2018: 434
2019: 438
2020: 395
2021: 536
Fonte: Coine/Sesed
Por Tribuna do Norte