“Foi o caos. Ela não aceitou. Eu não tinha prometido nada pra ela, sobre a gente se relacionar seriamente. Só disse que não queria mais que a gente ficasse”. Essa é a explicação de um personal trainer de 34 anos sobre os ataques racistas sofridos por meio de depósitos de Pix feitos por meio da conta bancária da empresária Lilian Mohamad Atiê, de 35 anos.
Como mostrado pelo Metrópoles, a empresária chamou a vítima de “macaco” e “gorila” em depósitos de R$ 0,01, após ser bloqueada das redes sociais da vítima.
Tudo começou quando o personal e Lilian marcaram um encontro, pela internet, no início do ano. Ela é aluna na academia onde ele dá aula. Ambos, porém, frequentavam o local em horários diferentes. “Nos encontramos, ficamos, trocamos contato, conversamos por mensagens, e começamos e nos ver, sem compromisso, aos fins de semana”.
O personal afirmou que o “rolo” entre eles durou por cerca de dois meses. Após esse período, Lilian teria comentado ter sido internada duas vezes, em clínicas de reabilitação. Uma delas, de acordo com o professor, teria sido por perseguir uma outra pessoa. “Eu nem sabia que existia internação por causa de comportamento, desse jeito, fiquei surpreso”.
A revelação deixou o rapaz inseguro e ele decidiu, “para evitar problemas futuros”, encerrar os encontros esporádicos com a empresária. “Daí em diante, foi o caos”.
Até o dia em que decidiu encerrar os encontros, o personal afirmou que Lilian “não aparentava comportamento estranho”. “Ela conversava numa boa, não mostrava essa psicopatia toda”.
A empresária, dona de uma loja de assistência técnica de celulares, foi procurada pelo Metrópoles, na tarde dessa segunda-feira (17/6). Ela não havia se manifestado até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Ataques via Pix
Lilian teria começado a perseguir o professor, em redes sociais e, por isso, ele a bloqueou. Foi quando ela começou a enviar depósitos de R$ 0,01, via Pix, com mensagens de teor racista, chamando o personal de “macaco”, “gorila”, “neguinho”.
O ataque racismo mais recente, segundo print enviada à reportagem pela vítima, ocorreu às 13h14 dessa segunda-feira. No assunto do depósito, de R$ 0,01, a empresária escreveu: “Macaco do caralho kkkk”. Ainda no período da tarde, ela compartilhou, no Instagram, uma foto de biquíni, ao lado de uma piscina.
O professor disse ainda ao Metrópoles que, somente em um dia, chegou a receber R$ 2 de depósitos com mensagens ofensivas e racistas. “Imagina, receber 200 mensagens, desconexas. Isso em apenas um dia”.
Após bloquear a empresária nas redes sociais, ela começou a ir à academia, nos horários das aulas da vítima, as quais interrompia para pedir que o personal deixasse as redes sociais dele livres, para ela interagir. “Ela vinha falar comigo como se nada tivesse acontecido, pedindo para a gente ‘reatar’. Mas a gente nunca teve nada sério”.
As investidas dela fizeram com que outro professor solicitasse para ela parar de interromper as aulas da vítima, em março. Desde então, acrescentou o professor, Lilian respeitou o pedido. Ela, porém, vai à academia com frequência, de onde segue enviando as mensagens de teor racista.
Por Metrópoles