O diretor executivo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Lais-UFRN), Ricardo Valentim, afirmou que a flexibilização do uso de máscaras já pode começar a ser discutida. No entanto, ele reforçou que o momento requer a manutenção do equipamento de proteção, principalmente em ambientes fechados, disse em entrevista ao Jornal da Tropical, nesta quarta-feira (2).
Segundo Valentim, o atual cenário da pandemia no Rio Grande do Norte já permite que se iniciem as discussões sobre o fim do uso das máscaras, primeiramente em locais abertos.
“Os dados epidemiológicos e assistenciais indicam que o RN tem a pandemia controlada, mas não é momento de ‘liberou geral’. Acredito que o momento é de redução de casos e de manter essa redução por mais tempo. O que deve entrar nas pautas é o que já vem se discutindo e também a questãoda flexibilização do uso de máscaras, pelo menos em ambientes abertos”, destacou.
O diretor do Lais reforçou a necessidade da utilização do equipamento de proteção principalmente em locais fechados, enfatizando o transporte público. Em Natal, as reclamações dos usuários dos ônibus em relação aos veículos cheios são constantes. “Não é momento de relaxar. É importante a manutenção do uso de máscaras em ambientes fechados, principalmente no transporte público”, recomendou.
Pós-carnaval
Ao ser questionado sobre o impacto do carnaval na situação da pandemia no Rio Grande do Norte, Valentim apontou que os festejos de momo não devem impactar negativamente no estado. Ele atribuiu a avaliação ao nível de cobertura vacinal e ao recente “boom” de casos da doença, devido à variante ômicron.
“Ainda é cedo para medir o reflexo do carnaval. Vamos precisar de 7 a 10 para ter uma análise mais apurada. Mas eu não creio que teremos um aumento significativo de casos, principalmente pela cobertura vacinal e a imunidade natural, com a ômicron se espalhando muito rápido”, pontuou.
Vacinação no RN
De acordo com os dados do RN Mais Vacina, o Rio Grande do Norte tem 91% da população vacinada com uma dose ou dose única. Em relação ao público com as duas doses, o estado soma 79%. Já com a dose de reforço, o índice indica 36%.
Para Ricardo Valentim, o RN deve terminar o mês com pelo menos metade do público-alvo com a D3 no braço. “Devemos chegar ainda em março com 50% da população com a dose de reforço”, concluiu.
Por Portal da Tropical