Filho do ex-governador Sérgio Cabral, José Eduardo Neves Cabral se apresentou na tarde desta quinta-feira (24) na Superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, e foi preso.
Nesta quarta-feira (23), ele foi um dos alvos da Operação Smoke Free, da Polícia Federal contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”. No entanto, ele não foi encontrado.
Segundo as investigações, entre as funções de José Eduardo no esquema estava pagar propina a funcionários públicos.
Doze pessoas foram presas na operação de quarta. Um dos detidos é o policial federal Allan Cardoso Inácio de Assis.
A defesa de José Eduardo Neves Cabral diz que ele está seguro de que “sua inocência será provada no decorrer do processo”.
À noite, José Eduardo Neves Cabral deu entrada no Presídio Frederico Marques, em Benfica, onde vai aguardar pela audiência de custódia.
Falsificação e lavagem de dinheiro
De acordo com a investigação, iniciada em 2020, desde 2019, o grupo criminoso alvo da Smoke Free “reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”.
“Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular”, afirma a PF.
Ainda segundo os investigadores, a quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.
A PF afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.
A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Por G1