Uma estudante do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Mackenzie, em São Paulo, é investigada pelo crime de apropriação indébita. A jovem era tesoureira de associações atléticas da instituição e, segundo denúncias, teria desviado mais de R$ 60 mil.
À Polícia Civil, as vítimas relataram que a suspeita se aproveitou da função para enviar valores da Associação Atlética Acadêmica Arquitetura Mackenzie para contas pessoais. Ela teria transferido R$ 3.921,61 de Associação e outros R$ 58.583,61 de atléticas de outras universidades integrante do Interfau, competição entre faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo.
Denúncias
Conforme as vítimas, a atlética do Mackenzie arrecadou R$ 25,7 mil durante o ano de 2022 e a suspeita era responsável por depositar os valores, conseguidos por meio de promoção de eventos e festas. A jovem também era tesoureira do Interfau, ou seja, também era responsável pelos valores arrecadados pelas demais atléticas.
Segundo as vítimas, para depositar o dinheiros em contas pessoais, a estudante teria argumentado que ter uma conta jurídica implicaria na cobrança de taxas.
Já com os valores em conta, os alunos passaram a ter “dificuldades” para entrar em contato com a investigada, a partir de setembro de 2022, com o encerramento do evento. Ainda de acordo com as vítimas, a jovem chegou a ser cobrada em diversas oportunidades, no entanto, sem sucesso.
Viagem para a Disney
Em setembro de 2022, foi realizada uma reunião de prestação de contas com todos os envolvidos — tanto do Mackenzie quanto de turmas integrantes do Interfau. De acordo com a defesa dos estudantes, a suspeita disse que estaria com dificuldades para realizar alguns pagamentos referentes às despesas da competição.
Porém, dois meses depois, ela viajou para Orlando, nos Estados Unidos, para participar de um programa de estágio na Disney.
No mesmo período, uma nova chapa foi eleita pela atlética de arquitetura do Mackenzie e se espantou com a situação financeira da entidade. Todo valor arrecadado pelos grupos havia sido depositado em uma conta pessoal e, por isso, passaram a cobrar a aluna, que “passou a não responder mensagens”.
Conforme a denúncia da defesa, em janeiro de 2023, a atlética do Mackenzie conseguiu realizar uma videoconferência com a presença da estudante. Na ocasião, a jovem teria confessado que estava em posse do dinheiro arrecadado pelas atléticas.
Ainda segundo a defesa, uma nova reunião teria sido marcada para dias depois, contudo, a suspeita não compareceu ao encontro.
Uma outra assembleia promovida pela atlética do Mackenzie, em março deste ano, a aluna teria dito que estava em posse de R$ 44 mil da atlética de seu curso e se comprometido a devolver a quantia, o que segundo a defesa dos alunos, não aconteceu.
Prejuízos
Ao portal G1, a defesa dos alunos afirma que as atléticas vêm recebendo cobranças de fornecedores e prestadores de serviços contratados para a realização dos jogos e que a dívida pode ser ainda maior.
O caso é apurado pelo 4º Distrito Policial da Consolação, na região central da capital.
Por Metrópoles