Por quase 5 horas, o governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) respondeu a todos os questionamentos feitos por desembargadores e deputados estaduais do Tribunal Especial Misto (TEM), na tarde e noite desta quarta-feira (7), durante sessão de julgamento do processo de impeachment.
Witzel alegou que não sabia do esquema de propina na Secretaria Estadual de Saúde e buscou se defender de todas as acusações.
“Renunciar, jamais. Eu me emocionei hoje. É um processo doloroso para minha família. Foi uma campanha de amor, por um ideal. Eu não estou na política por dinheiro”, disse.
O governador afastado atribuiu, a todo momento, todas as denúncias ao ex-secretário Edmar Santos e ao empresário Edson Torres, o qual ele chamou de “líder da quadrilha”.
Agora, a acusação terá 10 dias para apresentar as alegações finais. O deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania) anunciou que irá entregar seu parecer em até 48 horas. Em seguida, com o prazo máximo de 10 dias, a defesa será convocada para também mostrar suas considerações finais.
“Depois de passar 10 meses, temos convicção plena de que houve crime de responsabilidade e de que o crime é justo”, afirmou Luiz Paulo, após a sessão.
Com as alegações da defesa e acusação, o presidente do TEM, Henrique Figueira, marcará a data da nova sessão do processo de impeachment de Wilson Witzel.Nessa nova sessão do TEM, o relator do processo, o deputado Waldeck Carneiro (PT), dará seu voto. Acusação e defesa, então, terão 30 minutos cada uma para fazer sua explanação final.
Na sequência, deputados e desembargadores votam. Para o impeachment de Witzel são necessários sete votos.
Por Metrópoles