Em uma sessão de modo geral negativa para os ativos brasileiros, o dólar fechou a quarta-feira (26) novamente acima dos R$ 5,80, com as cotações sendo impulsionadas por fatores internos e externos.
Além do avanço da moeda norte-americana também no exterior, o dólar foi influenciado pela forte geração de vagas formais de emprego no Brasil em janeiro, por preocupações em torno da reforma ministerial no governo Lula e por receios dos agentes com o equilíbrio fiscal brasileiro, em meio à queda de popularidade do presidente.
O dólar à vista fechou em alta de 0,86%, aos R$ 5,8022. Em 2025, porém, a moeda norte-americana acumula queda de 6,10%.
Às 17h33 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido – subia 1,18%, aos R$ 5,8100.
No início do dia o dólar chegou a oscilar no território negativo ante o real, mas rapidamente engatou ganhos em sintonia com o exterior. Lá fora, o dólar subia desde cedo ante as divisas fortes e passou a registrar ganhos também ante pares do real, como o peso do México e o peso do Chile – dois dos países possivelmente mais afetados por eventuais novas tarifas dos EUA sobre o cobre importado.
O movimento se amplificou após a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que revelou a geração de 137.303 vagas formais de trabalho em janeiro, bem acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 48.000 vagas.