Cuba chega ao fim do ano com a inflação se aproximando de 70%, puxada por reformas econômicas e um aumento no preço de importados.
Essa foi a explicação dada pelo ministro cubano da Economia e do Planejamento Alejandro Gil à Assembleia Nacional, na terça-feira 21.
O ministro explicou que a ditadura cubana estava esperando uma inflação de 60% neste ano depois de desencadear uma série de medidas econômicas em janeiro.
Segundo ele, grande parte do aumento se deu pelo fato de o governo de Cuba ter elevado os preços em 44%, como estratégia de uma reforma monetária.
Em outubro, um integrante da ditadura cubana disse que as reformas econômicas levaram ao aumento dos preços em até 6.900% no mercado informal.
No entanto, o ministro rebateu ao afirmar que essa estimativa é “errônea”, acrescentando que foi usada como um exemplo de como o peso cubano provavelmente se desvalorizaria se a economia controlada pelo Estado estivesse ligada com a economia informal.
O ministro também culpou as sanções americanas pela inflação. As restrições impostas pelos Estados Unidos, segundo ele, resultaram em uma série de contêineres com importações cubanas retidos em portos internacionais.
Protestos em Cuba
O país viveu uma onda de protestos neste ano, em parte estimulados pela crise econômica. Parte da população foi às ruas gritar “temos fome” e “liberdade” em 50 cidades do país.
Com a queda do turismo em meio à pandemia, a economia cubana encolheu 11% em 2020.
O ministério da Economia e Planejamento espera, com a retomada do turismo, que o país cresça 4% em 2022.
Neste ano, o Produto Interno Bruto vai ficar em torno de 2%, abaixo dos 6% esperados pelas autoridades.
Por Revista Oeste