O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (29), que vai suspender temporariamente o contrato da vacina Covaxin. A decisão foi tomada após recomendação da Controladoria Geral da União (CGU). Em nota, a pasta afirmou que a análise preliminar da CGU não encontrou irregularidades no contrato. No entanto, o órgão optou por fazer uma análise mais aprofundada. “A medida não compromete o ritmo da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, já que não há aprovação da Anvisa para uso emergencial nem definitivo do imunizante”, disse o Ministério da Saúde, em nota. A suspensão do contrato da Covaxin ocorre após o depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor da pasta, na CPI da Covid-19. Os dois apontaram supostas irregularidades na compra da vacina e disseram ter avisado o presidente Jair Bolsonaro.
Em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta vai fazer a apuração administrativa “para verificar todos os aspectos da temática suscitada a partir do final da semana passada.” O ministro da CGU, Wagner Rosário, disse que o órgão abriu uma investigação preliminar e espera ter uma resposta em menos de dez dias. “Assim que tivermos dados mais concretos comunicaremos a imprensa”, disse Queiroga. “Não contamos com esse imunizante, e desde o início da nossa gestão já tínhamos retirado do PNI a Sputnik e a Covaxin porque não tinham autorização da Anvisa. Desde o início o presidente disse que todas as vacinas que tivessem registro na Anvisa seriam consideradas para o PNI”, completou.
Por Jovem Pan