O jornal em inglês do Regime Comunista Chinês, o China Global Television Network (CGTN), criou uma campanha de recrutamento mundial de talentos, que abriu inscrições para influenciadores digitais afim produzir propaganda pró-Pequim que “contraria as narrativas ocidentais.”
A mídia apoiada pela ditadura chinesa oferece incentivos para atrair jovens participantes e tem como alvo estudantes universitários ocidentais.
O jornal lançou a campanha “Media Challengers” para recrutar repórteres, apresentadores, DJs, podcasters e influenciadores de mídia social que se reportam em inglês, no dia 08 de abril, em uma cerimonia em Pequim.
A campanha visa “inspirar jovens de todo o mundo e tem como objetivo “injetar um novo poder na comunicação internacional num ambiente de convergência mediática”.
As inscrições foram encerradas no dia 10 de junho.
China fez acordo com jornalistas para divulgação de notícias.
A mídia estatal oferece até U$ 10.000 para os integrantes do projeto, treinamento profissional gratuito para os finalistas e também oferece oportunidades de emprego na “sede do jornal em Pequim e três centros de produção regionais em Washington, Londres e Nairóbi”.
No site oficial do jornal há relatos de influenciadores digitais, representantes do projeto, no Reino Unido, Austrália, Suíça e Singapura.
O assunto esteve na pauta do Boletim da Noite dessa sexta-feira (18).
“A China comunista está ganhando o mundo com algo que nenhuma nação jamais teve, eles estão ganhando a vantagem de fazer o que bem entendem, o mal que eles bem entendem, e jamais serem contrariados”, disse o advogado e analista político do Terça Livre, Bruno Dornelles.
Governo da Bahia e China planejam construção de nova cidade no estado.
Dornelles lembrou que durante a pandemia da Covid-19, a China continuou a expandir seu domínio em diversas áreas, tendo inclusive apoio de políticos como João Doria, governador do Estado de São Paulo e parlamentares da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
“O que a China está fazendo, e está ganhando no mundo é, simplesmente o direito de poder fazer o que ela bem entende e ninguém responder a isso. Porque os seus diplomatas são agressivos e jamais serão expulsos de países”, disse o analista.
Por Terça Livre