O vigilante de rua José Francelino Moreira, de 47 anos, morreu após ser atropelado por um carro quando fazia ronda, entre a noite de sábado e a madrugada desse domingo (4/), na região do Brás, centro paulistano. O atropelamento foi registrado por uma câmera de monitoramento
A noticia é de ALFREDO HENRIQUE. Ele trabalhava de madrugada para evitar eventuais invasões de comércios do bairro.
O veículo era ocupado por um casal, que não parou para socorrer a vítima. Câmeras flagraram o Chevrolet Celta vermelho circulando pelo bairro, famoso pelo comércio popular, com o para-brisa quebrado e com o capô amassado — sobre o qual ainda permaneceu o boné da vítima — como se nada tivesse acontecido.
Os ocupantes do veículo ainda não haviam sido identificados até a publicação desta reportagem.
Quando José estava caído, inconsciente, na altura do número 465 da Rua Coimbra, um homem passou por ele e observou a vítima por alguns segundos. Ao invés de pedir socorro, ele mexeu no bolso da calça e furtou o aparelho de celular do vigia.
José foi atropelado às 3h46 e deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento da Mooca, zona leste de São Paulo, às 5h48, com parada cardiorrespiratória. A morte dele foi constatada às 6h.
Ele estava com sangue saindo pelas orelhas, nariz, além de hematomas múltiplos no rosto e um corte profundo na região da têmpora. A gravidade das lesões fez com que a equipe médica acreditasse que ele havia sido agredido.
A atropelamento foi constatado somente após a Polícia Civil ter acesso aos registros de câmeras de monitoramento da região. Apesar disso, a investigação apura se a vítima eventualmente teria sido agredida antes do atropelamento.
O caso é investigado pelo 80º DP (Belém) como lesão corporal, furto e homicídio culposo (sem intenção de matar).
