Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertaram sobre a necessidade de mudanças no rumo do governo para evitar uma derrota em 2026.
Durante debate para eleição à presidência nacional do PT, na última terça-feira (17), Rui Falcão afirmou que o partido está “às vésperas de uma batalha decisiva: as eleições em 2026”.
“Um de nós comandará coletivamente nossa preparação para o embate de reeleger o presidente Lula. Caberá às novas direções ajustarem nossa linha política, nosso fortalecimento organizativo e articulação com aliados do campo popular, numa campanha polarizada”, disse.
O deputado federal, que já presidiu o PT três vezes, advertiu que “há ilusões entre nós pelo fato de as pesquisas ainda demonstrarem o presidente Lula liderando”.
Disputa no PT impacta eleição em 2026
O próximo presidente do PT será responsável, entre outras atribuições, pelas articulações para eleições de 2026 e o controle do caixa da legenda. Atualmente, o partido é comandado interinamente pelo senador Humberto Costa (PE), que assumiu, em março, após Gleisi Hoffmann deixar o cargo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula.
Rui Falcão espera contar com o apoio de mais de 70 parlamentares e disputa diretamente com Edinho, o que pode levar a eleição para um segundo turno. Apesar de ser o preferido de Lula, o ex-prefeito de Araraquara tem enfrentado resistência dentro da ala que integra. Mas, segundo aliados, já tem votos que lhe garantiriam vitória em primeiro turno.
Falcão foi um dos coordenadores da campanha de Lula à Presidência em 2022, ao lado do ex-prefeito de Araraquara e do atual ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira. Ele também já foi presidente do partido, em 2017, antecedendo Gleisi Hoffmann.
Por O Tempo