O aumento do volume do Rio Piranhas, responsável pela captação de água pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) em Caicó, trouxe consigo desafios inesperados para o tratamento da água, resultando em um rodízio de abastecimento que tem gerado insatisfação entre os moradores da cidade.
Em entrevista ao Sistema Rural de Comunicação, Adelson Sebastião, diretor do Escritório Regional da Caern no Seridó, explicou que o incremento no volume de água do Rio Piranhas, comum durante o período chuvoso, traz consigo uma composição diferente que demanda um tratamento técnico específico. “Essa água vem com diversos segmentos e a qualidade é mais técnica”, afirmou Adelson.
Segundo o diretor, a qualidade da água bruta tornou-se um desafio significativo nas últimas semanas, levando à necessidade de redução da vazão para possibilitar ajustes adequados no processo de tratamento. “Na última semana realmente ficou muito difícil e a qualidade da água bruta muito difícil”, destacou.
No entanto, Adelson ressaltou que, graças aos esforços da Caern, já foram observadas melhorias significativas, com uma redução no volume do Rio Piranhas e uma consequente retomada gradual do abastecimento. “Com a diminuição desse volume lá no Rio, a melhora contínua dessa água, a gente está retomando novamente o abastecimento com o volume total de distribuição”, explicou.
Quanto à duração do rodízio, Adelson enfatizou que está diretamente relacionada ao processo de tratamento da água. “A gente divulgou aí por 30 dias, porque realmente tava muito difícil”, disse ele, indicando que o trabalho incessante está sendo realizado para reduzir ao máximo possível esse período e voltar ao abastecimento pleno.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Adelson expressou otimismo quanto à situação, destacando a importância das chuvas para a região, ao mesmo tempo em que reconheceu os desafios associados ao aumento do volume do Rio Piranhas. “A gente reza pelas chuvas, e agradece de mais. Mas tem esse problema, né? Quando tem aumento do nível a qualidade da água bruta, ela dificulta muito o tratamento”.
Por Marcos Dantas