A brasileira Fernanda Júlia da Silva, de 34 anos, e seu marido português Bruno Neto, de 32, foram assassinados na quarta-feira, 2, em Lisboa, capital de Portugal. O casal estava em frente à barbearia de Carlos Pina, de 43 anos, barbeiro conhecido na região, quando houve uma discussão no estabelecimento. Um homem deu vários de pistola contra o barbeiro e em seguida baleou o casal.
O português Pina, alvo dos disparos, morreu na hora. A brasileira e o marido chegaram a ser socorridos, mas não resistiram. Fernanda, que tem dois filhos, estava grávida do terceiro. O crime chocou e revoltou os moradores da região, onde Pina era muito conhecido.
O autor dos disparos, que seria morador das proximidades, de 33 anos, fugiu de carro e não tinha sido preso até a manhã de quinta-feira, 3. À noite, moradores revoltados incendiaram dois veículos estacionados na rua e que seriam da família do suspeito. A polícia portuguesa continua as buscas pelo suspeito.
O triplo assassinato aconteceu na Rua Henrique Barrilaro Ruas, no bairro Penha de França, onde fica a barbearia “Grande Pente”, de Pina. A região, com prédios comerciais e residenciais, é bastante movimentada.
Bruno era taxista e, segundo testemunhas, não seria cliente da barbearia. Ele teria ido ao local para lavar o carro em um lava-rápido próximo. O táxi dele estava parado em frente à barbearia quando aconteceram os tiros.
Fernanda, que tinha uma filha com Bruno e já era mãe de outra criança de um relacionamento anterior, estava grávida do terceiro filho. De acordo com testemunhas, a discussão aconteceu porque o autor dos disparos queria cortar o cabelo, mas não tinha horário agendado.
Inconformado, ele saiu da barbearia e foi até o carro, voltando armado com uma pistola. Depois de atingir Pina, ele atirou também contra o casal. Fernanda e Bruno caíram na calçada.
Os primeiros socorros foram realizados pelos policiais que atenderam a ocorrência. Os agentes do Instituto Nacional de Emergência Médica (Inem), equivalente ao Samu brasileiro, teriam chegado ao local 40 minutos depois do ataque. As mortes foram confirmadas.
Por Estadão