O Projeto Mamíferos Marinhos do Rio Grande do Norte (PROMMARN) divulgou um vídeo da chegada de baleias jubartes ao litoral potiguar.
O registro foi feito por Hudson Araújo, colaborador do projeto, próximo a uma plataforma de petróleo em Guamaré, na Costa Branca do estado.
O PROMMARN atua na pesquisa e conservação das baleias jubartes e destacou em uma rede social que a chegada dos animais ao litoral do RN ocorreu dentro da previsão – que seria entre o fim de junho e a primeira semana de julho.
Baleias jubarte são flagradas na praia de Ponta Negra em Natal pic.twitter.com/X8AAeMxkq9
— Junior Melo TERRA🇧🇷🇮🇱 (@juniormelorn_) July 27, 2022
“As baleias jubartes utilizam o litoral potiguar para acasalamento e, principalmente, reprodução. Todos os anos, entre os meses de junho e novembro, recebemos a visita dessa baleia”, conta o pesquisador Lídio Nascimento, coordenador do projeto.
“A gente está observando que a cada ano elas estão chegando mais cedo. Antes elas só chegavam ao final de julho. Essa antecipação tem algum motivo e a gente tem que buscar resposta para isso. E fica claro que o nosso litoral é usado por essa espécie, principalmente, para a reprodução”, completou.
O professor conta que o PROMMARN realiza o monitoramento desses animais desde 2017. “Neste período, já registramos o aumento no número de baleias. A população está se reestruturando (depois da moratória da caça nos anos 80). Elas também estão antecipando o movimento migratório. Antigamente só apareciam no litoral potiguar no final de julho”, contou.
O projeto também realiza as chamadas expedições científicas, nas quais grupos de pesquisadores e curiosos vão em busca das baleias mar a dentro. O cronograma de embarque será divulgado nos próximos dias pelas redes sociais – geralmente é feito na praia de Pirangi, no litoral Sul. O PROMMARN está buscando parceiros para arcar com custos da embarcação, combustível e tripulação.
“O foco da pesquisa é a conservação da espécie. As baleias Jubartes saíram há pouco tempo da lista de animais ameaçados de extinção. É uma população em franca recuperação, mas que ainda precisa de cuidados e atenção”, reforçou o pesquisador, que é graduado em psicologia, com mestrado e doutorado em psicobiologia.