O aumento do imposto para produtos vendidos em sites chineses, como Shein, Shopee e AliExpress, foi um pedido dos grandes empregadores da indústria têxtil brasileira. A informação foi detalhada pelo presidente do Conselho Nacional dos Secretários da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier (RN). Ele, inclusive, negou que o assunto tivesse sido “deixado de lado” diante da repercussão negativa na imprensa – veja no link acima:
“Eu não diria que o assunto foi deixado de lado. Continua na pauta”, disse ele, em entrevista ao Meio Dia RN, com o BG (96 FM). Carlos Eduardo Xavier ainda destacou que aumentar o imposto de 17% para 25% do alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), como está sendo discutido, seria fundamental para garantir os empregos da indústria têxtil brasileira, que tem sido prejudicada pela concorrência com os produtos chineses.
“Aqui no Estado mesmo, todos sabem a vocação que o RN tem para a indústria têxtil, as oficinas empregam muita gente. Tem uma empresa aqui que emprega 9 mil pessoas e tem sentido muito essa concorrência desleal. E essa empresa vem perdendo fôlego”, afirmou o secretário.
Apesar de não ter sido citado por Carlos Eduardo Xavier, o nome da empresa em questão seria a Riachuelo, comandada pelo CEO Flávio Rocha. Ano passado, quando houve a primeira taxação de produtos chineses, ele já comemorou a medida.
“Não pode colocar bola de ferro no pé de alguns players e deixar outros livres, leves e soltos”, disse em entrevista a VEJA. “Houve correta interpretação da lei, o que vai trazer equilíbrio concorrencial sem impedir o consumidor brasileiro de ter acesso a esses produtos”, destacou em reportagem de abril de 2023.
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