Após uma compra frustrada de respiradores pelo Consórcio Nordeste que consumiu R$ 4,9 milhões dos cofres do RN sem que os objetos da compra chegassem ao seu destino, a governadora Fátima Bezerra (PT) vai levar ao Fórum de Governadores do Nordeste uma nova proposta de criação de um “pacto” que propõe a articulação de mais recursos da região para potencializar ações integradas e intersetoriais entre os nove estados nordestinos.
O nome da proposta é “Pacto Social do Nordeste: Assistência Social e atuação integrada para a redução dos impactos da pandemia e da desproteção social”. A ideia foi apresentada ontem pela Câmara Temática de Assistência Social do Consórcio Nordeste à governadora Fátima Bezerra (PT), que é a líder dessa estrutura no colegiado dos governadores da região.
O Plano apresentado, composto por linhas gerais de intervenção e ações, Governança e Orçamento “traz a necessidade imperiosa de materializar o Pacto Social no Nordeste que neste momento é prioritário em razão dos impactos violentos que a pandemia trouxe e que afetou mais a população em situação de vulnerabilidade social”, assinalou a governadora.
A proposta foi apresentada em reunião remota da Câmara Temática, coordenada pela secretária de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Iris Oliveira.
RESPIRADORES
Em Junho do ano passado, auditores do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte apontaram em relatório que o governo do estado pagou R$ 4,9 milhões antecipados, pela compra de 30 respiradores, antes de assinar os contratos com o Consórcio Nordeste.
Os 300 equipamentos comprados pelos estados, ao custo total de R$ 48,7 milhões, não foram entregues e os donos da empresa tiveram os bens bloqueados pela Justiça, além de serem presos em operação da Polícia Civil da Bahia. O caso também é apurado pelo Ministério Público Federal.
Por Grande Ponto