O jovem Gerson de Melo Machado, de 19 anos, conhecido como Vaqueirinho, que morreu neste domingo (30) após invadir a jaula de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa (PB), tinha transtornos mentais e um longo histórico de vulnerabilidade social, segundo autoridades que acompanharam seu caso.
De acordo com o policial penal Ed Alves, o jovem acumulava 16 passagens pela polícia, sendo 10 delas ainda na adolescência. Ele chegou a ser encaminhado ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), mas fugiu do atendimento antes da conclusão do acompanhamento.
A conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou Gerson por anos, divulgou uma nota detalhando parte da trajetória dele. Ela afirmou que começou a acompanhar o menino quando ele tinha apenas 10 anos, após ser encontrado sozinho na BR pela Polícia Rodoviária Federal.
“Foram oito anos acompanhando você, lutando e brigando para garantir seus direitos. Quando entrou na minha sala pela primeira vez, tinha apenas 10 anos. Eu e a conselheira Patrícia Falcão recebemos você das mãos da PRF, encontrado sozinho na BR”, escreveu.
Segundo Verônica, o jovem enfrentou um processo contínuo de fragilidade familiar. Em outro trecho, ela relata ter conhecido “a criança que foi destruída do poder familiar da mãe, que é esquizofrênica”.
A conselheira afirmou que toda a rede de proteção acionava o conselho tutelar sempre que algo acontecia com Gerson, que apresentava comportamentos de risco desde cedo.
Por Tribuna do Norte
