O 432 Park Avenue, maior prédio residencial do mundo, localizado na Billionaires Row, em Manhattan, Nova York, vendido como o auge do luxo e da engenharia moderna, está sendo alvo de preocupação de engenheiros e autoridades, por conta de falhas perigosas.
Inaugurado em 2014, o arranha-céu conta com 102 andares, sendo considerado o residencial mais alto do mundo, com 425 metros, segundo o portal Diário do comércio. Contudo a grande estrutura também é cenário de uma crise maior ainda.
O prédio, que movimentou mais de US$2,5 bilhões em vendas, inclusive unidades para celebridades e bilionários, corre risco de queda por causa de graves problemas estruturais, causados por uma escolha estética; gerando risco, não apenas para seus moradores, mas para todos da metrópole.
Estrutura contra beleza

A raiz dos problemas está na fase inicial do projeto, revelando um conflito entre estética e segurança. A cauda do risco iminente foi a decisão dos desenvolvedores do prédio, que escolheram concreto branco como material, pois deixaria mais elegante e sofisticado.
Contudo, engenheiros alertaram que os pigmentos claros comprometem a resistência do material, questionamento resumido em um dilema da engenharia: cor ou rachaduras. Para os responsáveis pelo 432 Park Avenue, a escolha foi pela falta de cor, indicada como mais bonita, que no futuro gerou rachaduras.
Documentos do The New York Times apontam que uma equipe de engenharia identificou rachaduras nas colunas do arranha-céu em 2012; a causa era justamente o concreto branco.
De maior prédio do mundo para pior apartamento do mundo
As falhas estruturais se manifestaram em uma série de incidentes e defeitos, levando os moradores a moverem duas ações judiciais. Os problemas incluem fissuras na fachada, vazamentos constantes de água, corrosão das barras de aço internas e oscilações excessivas dos andares superiores durante ventanias.
O Departamento de Edificações de Nova York (DOB) identificou condições perigosas em 85 andares, além de notar pedaços de concreto faltando nas partes superiores. Embora o prédio histórico não declare um risco de colapso imediato, existe um alerta de alto risco caso as falhas não sejam corrigidas.
Apesar de todo o transtorno, a construtora Macklowe Properties e o CIM Group, atuais responsáveis pela estrutura, seguem afirmando que o prédio é seguro para morar, mesmo com os processos judiciais, pedidos de indenizações milionárias e exigências de reparos urgentes.
Por BNews Natal












