A Polícia Civil do Paraná confirmou que a pessoa responsável por compartilhar o vídeo conhecido como “suruba em ônibus” não participou da gravação. A descoberta altera o rumo das investigações, que passam a se concentrar não apenas nos jovens envolvidos, mas também em quem fez circular o material.
“Já conseguimos identificar que a pessoa que compartilhou não é a mesma que estava no ônibus. Isso muda o rumo da investigação”, declarou o delegado Thiago Teixeira em entrevista ao portal Metrópoles.
As imagens, registradas dentro de um ônibus em Cascavel, em Santa Catarina, mostram um grupo de adolescentes em ato sexual. Todos já foram identificados e prestaram depoimento acompanhados pelos pais. Eles afirmaram que a participação foi voluntária, mas a polícia segue apurando se houve algum tipo de exploração e de que forma a divulgação ocorreu.
Compartilhar conteúdo sexual envolvendo menores pode configurar crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, com pena de até seis anos de prisão. Ato obsceno em local público, por sua vez, está sujeito a detenção de até um ano, segundo o Código Penal.
Uma das adolescentes que aparece no vídeo quebrou o silêncio e afirmou ter sido exposta sem consentimento: “Eu não sabia que os pia iriam soltar esse vídeo, eu fui vítima entre eles, eu não tenho culpa”, escreveu.
Outros jovens também reconheceram o erro e disseram estar arrependidos. “Estamos arrependidos porque isso é coisa de menor e a gente não queria ter feito isso. Desculpa por ter vazado o vídeo dela, ter exposto ela na internet”, desabafou um dos adolescentes em entrevista.
A repercussão do caso provocou mudanças na rotina dos envolvidos, que relataram sofrer pressão social e comentários na cidade e nas escolas.
A prefeitura e a polícia anunciaram ações conjuntas de conscientização e reforço da fiscalização para tentar impedir novos episódios. Apesar da gravidade, moradores relatam que a área onde ocorreu a gravação passou a atrair curiosos em busca do ônibus, o que preocupa autoridades locais.
Por Correio 24h